quarta-feira, 1 de junho de 2016

Êxodo - Parte 2

Em Êxodo 9 as pragas continuam

Se nota pelo começo do relato da praga que atacaria o rebanho dos Egipcios que os Egipcios criavam animais, apesar de achar a profissão dos pastores uma abominação, possivelmente eles não se alimentavam ao menos de certos animais que criavam, por considerarem eles sagrados.

Um tumor maligno é uma massa anormal de tecido, como um resultado do crescimento anormal ou divisão de células.

Úlcera é o nome genérico dado a quaisquer lesões superficiais em tecido cutâneo ou mucoso, popularmente denominadas feridas.

Os Magos que começavam a não conseguir nem reproduzir algo parecido com os milagres de Deus, ficaram extremamente debilitados com a praga dos tumores.

Essa praga dos tumores tem certo paralelo com a praga da primeira taça da Ira, descrita em Apocalipse 16:2 quando as pessoas na terra que aceitarem a marca sofrerão com feridas no corpo.

Do versículo 13 ao 16 é repetida a intenção de Deus, de que seu nome seja conhecido no mundo todo.

O resto do capitulo descreve a terrivel praga das chuvas de pedras misturadas com trovões e fogo, que tem paralelo com a sétima taça da Ira, que tem relâmpagos, vozes, trovões, um grande terremoto, e uma grande chuva de pedras.

Em Exodo 10:1 até 20 é narrada a praga em que Deus manda Gafanhotos ao Egito que devoraram o que a chuva de pedras não havia destruido. Os oficiais do Egito desesperados tentam convencer o Faraó a deixar o povo Hebreu ir embora, o que ele não faz por desconfiar de alguma má intenção em todo o povo ter que ir celebrar uma festa a Deus.

Em Exodo 11 é mencionado que haverá uma ultima praga, e Deus diz para os Hebreus pedirem objetos de ouro e prata dos Egípcios. É mencionado que Moisés era um homem muito famoso no Egito também. A ultima praga é a praga em que os Primogênitos do Egito seriam mortos, tanto das pessoas como dos Animais. Uma tradição Rabínica conta que Moisés pensando no futuro templo, se preocupou em pedir Tabuas para os Egípcios também.

Em Exodo 12:1 a 2 Deus fala do mês que seria o primeiro mês para o povo Hebreu a partir daquele instante, o mês Nissan se inicia na primavera, geralmente em meados do fim de Março ou Abril no nosso calendário, variando de ano para ano. Ele é conhecido como o mês da redenção, em que os antepassados do povo Judeu foram redimidos, se acredita que os Judeus serão redimidos no futuro nesse mesmo mês. Nas escrituras esse mês é chamado de Mês Abibe.

No versículo 3 até o 7 é estabelecido que no dia dez desse mês, cada familia pegaria um cordeiro ou cabrito macho, sem defeito e de um ano. No décimo quarto dia, quando o sol começa a se por, o animal é morto, o sangue deles devia cobrir as casas do povo. Todo esse costume é uma tradição da pascoa, e essa foi a primeira pascoa que foi celebrada pelo povo Hebreu, e fica bem claro considerando que o Messias morreu no tempo da Pascoa, que isso era uma alusão simbolica associada ao Messias conhecido entre outros titulos como o Cordeiro Santo, que se sacrificaria para redimir os pecados da humanidade, que falou para seus seguidores comerem da sua carne, o que representa simbolicamente a comunhão que eles deviam buscar ter com ele, pois por meio dele, eles seriam salvos e teriam comunhão com Deus.


No versículo 8 o povo também é instruido no costume de comer pãos asmos ( sem fermento ) e a comer ervas amargas. Enquanto as ervas amargas servem para lembrar o povo do sofrimento que Deus tirou eles, os pãos sem fermento tem paralelo possivelmente com o pão que Jesus ofereceu aos apóstolos que representava o seu corpo, é válido lembrar que Jesus é retratado nas escrituras como o verbo vivo de Deus, o que torna ele uma emanação da palavra de Deus, isso inclue as doutrinas e ensinamentos de Deus que não tem nenhuma contaminação, também é válido lembrar que fermento em certo ponto na biblia representa contaminação na doutrina, como quando Jesus fala para se tomar cuidado com o fermento dos Fariseus. Paulo em 1 Corintios 5:7 e 8 associa o fermento velho simbolicamente com os pecados deixados para trás, e o pão novo sem fermento simbolicamente com um comportamento bom. O vinho ainda não é mencionado aqui, mais era costume beber vinho nesse tempo, o vinho evidentemente representa o sangue do Messias. Pode se concluir disso tudo que Deus criou esse feriado se baseando no que ele já tinha planejado para o futuro, criando 2 incidentes com diversos paralelos, no tempo de Moisés o povo consumiu um cordeiro sem defeito, e por meio do sangue de seu sacrificio, foi livrado do julgamento de Deus, e retirado do Egito, sendo levado depois disso a terra prometida, do mesmo jeito por meio da aceitação de Jesus que é chamado por Moisés de o profeta como ele, como seu salvador pessoal, que leva a uma busca por comunhão com ele, as pessoas são redimidas de seu pecado, deixando de ser pessoas do mundo, e hoje essas pessoas estão sendo guiadas por Deus em direção ao reino dos céus. Paulo em 1 Corintios 5:7 chama Jesus de o Cordeiro Pascal. Pedro em 1 Pedro 1:19 por sua vez se refere a Jesus como o Cordeiro sem defeito e sem mácula.


No versículo 12 Deus fala do que fará na ultima praga, e deixa claro que o julgamento dele não é só contra o povo Egípcio, mais contra os Deuses que guiavam esse povo no caminho da perdição, que seriam certamente Anjos caidos ou entidades demoniacas.

No versículo 14, Deus fala da Pascoa como um feriado que deve ser celebrado eternamente, infelizmente no ocidente hoje em dia não é dada a importância a esse feriado que ele deveria ter, e muitos costumes sem base biblica e de origem pagã foram associados a pascoa Cristã, os Judeus foram instruidos naquele tempo a não comer por 7 dias algo com fermento, e para comer pão sem fermento por 7 dias.

A meia noite da primeira pascoa veio o julgamento de Deus sobre o Egito, o Faraó finalmente permite então que o povo vá embora. É mencionado que pessoas de outros povos foram embora com eles, e que eles foram em direção a Sucote. Os estrangeiros não podiam comer das coisas da celebração da Pascoa, até se circuncidar, o que faria eles serem parte do povo de Israel. Diferente daquele tempo, hoje mesmo sem circuncisão, não judeus podem ser parte do povo de Israel como filhos adotados da nação, por meio da aceitação de Jesus Cristo como o Messias, podendo também ter parte na celebração da Pascoa.

No capítulo 13, Deus diz para Moisés consagrar todos primogênitos do povo a ele, porque ele castigou os Egipcios com a morte de seus primogênitos, para poder libertar o povo daquela terra, aonde eles estavam escravizados contra sua própria vontade por 430 anos, é válido lembrar que Deus em certo ponto chama o povo de Israel de seu primogênito. Os Israelitas posteriormente acamparam em Etã, não se sabe bem aonde esse local ficaria hoje em dia. É dito também que Deus guiava o povo por meio de uma coluna de nuvem de dia e coluna de fogo de noite, provavelmente para sua aparência gloriosa que não pode ser vista por qualquer um pudesse ser vista.

No Capítulo 14 os Hebreus são instruidos a acampar perto de Pi-Hairote, entre Migdol e o mar, diante de Baal-Zefom.

Existe controvérsias em relação ao que significa Pi-Hairote e aonde se localizava tal local.

Migdol significa Torre. Existe 2 locais descritos com esse nome na Bíblia, um deles é esse em Exôdo, e outro é uma colônia Judia no Egito descrita no livro de Jeremias, possivelmente ambos sendo o mesmo local.

Existe controvérsias em relação ao o que significa Baal-Zefom. Não se sabe se o local era uma cidade ou um centro de adoração pagão, mais a expressão no entanto costuma ser associada ao Deus Cananeu Baal em sua fase como senhor do monte Zafom, que para os Cananeus seria o local que é a casa de todos os Deuses, hoje essa montanha é chamada de Jebel Aqra e se encontra na fronteira da Síria e Turquia.

Em Exodo 14:19 é dito que um Anjo de Deus estava junto a Coluna de Nuvem envolta sobre Deus.

Em Exodo 15 Moisés e Miriã cantam canções para louvar a Deus por ter salvo o povo dos Egípcios.

Uma tradição rabínica conta que Depois que o exército egipcio e o Faraó foram consumidos pela a agua Moisés teve de convencer o povo a não voltar ao Egito para tentar montar um reino lá, no Exôdo Rabbah que é uma fonte rabínica é mencionado que Moisés fez os Hebreus que tinham idolos ainda a aquela altura, jogarem eles fora.

Existe controvérsias em relação ao o que significa Miriã. O nome Maria é uma transliteração grega desse nome de origem Hebraica. De acordo com o historiador Judeu Josefo, Miriã era a esposa de Hur, um hebreu que ajudou Moisés a ficar de mãos levantadas na luta contra os Amalequitas.

Segundo a tradução bíblica do Rei Jaime, Mara significa Amargura.

Não encontrei informações adicionais sobre o Oasis de Elim.

Em Gênesis 16 os Hebreus saem do Oasis de Elim até o Deserto de Sim aonde murmuram contra Deus que envia ao povo Codornizes e o Maná. Segundo eruditos é bem possivel que esse local se localizasse na atual Arabá.  Arabá é uma região desértica, entre o Mar Morto ao norte e o Golfo de Aqaba ao sul. Ele inclui a maior parte da fronteira entre Israel ao oeste e Jordânia ao leste.

A codorniz-comum é um membro da ordem dos galliformes.No entanto, algumas espécies do grupo dos Tinamiformes também são popularmente chamadas por esse nome. Ela é uma ave muito similar a Cordoniz Japonesa, também conhecida popularmente como Codorna.

Gômer era uma medida de capacidade para secos. Ouvi falar que um gômer equivalia a 3,7 litros mais ou menos. Essa medida foi utilizada para saber o quanto devia ser coletado diariamente de Maná pelo o povo, exceto na véspera do Sábado aonde devia ser coletada quantidade para 2 dias, já que Deus não enviaria Maná no Sábado.

Uma curiosidade em relação ao Maná, é que ele é descrito de formas um pouco diferentes no livro de Êxodo e no de Números, segundo o Talmude Babilônico, isso ocorreria porque o gosto dele variava dependendo da pessoa que o comesse, para os mais novos ele tinha gosto de mel, para os adultos teria gosto de pão e para os mais velhos gosto de óleo supostamente. O Maná também era uma representação simbólica anterior do Messias, que se descreve como o pão da vida e como o verdadeiro pão que veio do céu, enviado por Deus, que dá a vida eterna a quem comer ele, tal comparação é feita em João 6:27 até 59. Em Êxodo o Maná é descrito com a aparência de semente de coentro, de cor branca e com o gosto de bolo de mel.

O Coentro é uma planta de flores róseas ou alvas, pequenas e aromáticas, cujo fruto é diaquênio e cuja folha, usada como tempero ou condimento, exala odor característico.

A aparência do Maná em Números 11:7 é descrita como uma aparência similar ao Bdélio, em 11:8 é dito que eram feitos bolos com ele que tinham gosto de Bolos amassados com Azeite.

O Bdélio é uma goma-resina aromática comum no Oriente Médio, empregada para falsificar a mirra. Em seu estado natural fica sob a forma de grandes rasgos esferoidais, vermelhos ou marrom-avermelhados, com odor aromático semelhante ao da mirra e com gosto muito amargo.

A mirra é uma árvore espinhosa, de folhas caducas, com flores vermelho-amarelas, e frutos pontiagudos. É nativa do nordeste da África e encontra-se também no Oriente Médio, Índia e Tailândia. Cresce em matas e prefere solos bem drenados e muita exposição ao sol. Propaga-se por sementes, na primavera, ou por estacas ao fim do estágio de crescimento. É também o nome dado à resina colhida de fissuras abertas na casca da árvore de nome botânico Commiphora molmol, que depois de seca se transforma em grânulos de coloração amarela-avermelhada.

Ouvi falar que a medida do Efa descrita em Exôdo 16:36 equivale a 37 litros

Em Exôdo 17:1 é descrito que o povo foi se acampar em Refidim. Já foi proposto que tal local corresponderia a Wadi Feiran, um local do atual Egito. No seguimento do capitulo é descrito o local chamado de Massá ou Meribá, aonde o povo tentou a Deus devido a falta de agua. A Rocha no local de onde jorrou agua, seria uma representação simbólica de Jesus que se declarou a agua da vida, o que pode se constatado pelo o que é dito em 1 Corintios 10:4 quando Cristo é indentificado por Paulo como a rocha espiritual da qual os Israelitas bebiam nesse tempo.

Massá significa testar ou tentação.

Meribá significa possivelmente algo como Disputa, Repreendendo ou local de conflitos. Existe outro local aonde Miriã veio a morrer que tem esse mesmo nome.

Em 17:10 Moisés ordena que Josué junte homens para lutar com os amalequitas.

Josué significa Yah é Salvação ou Yahweh é Salvação. O nome do Messias Jesus cristo é uma forma latina do nome Aramaico Yeshu/Yeshua que é em si uma forma diminuida do nome hebraico Yaohushua, sendo Josué uma transliteração desse nome hebraico. O nome do Messias e o nome de Josué significam a mesma coisa, sendo somente formas diferentes em outras linguas desse nome. Josué que anteriormente se chamava Oséias foi o sucessor de Moisés na função de lider do povo. A tradição rabínica retrata Josué como um homem fiel, humilde  e sábio.

Em Exodo 17:12 é relatado que Arão e Hur que era um companheiro deles mantem as mãos de Moisés no alto, pois fazendo isso os Hebreus levavam vantagem na luta contra os Amalequitas. De acordo com uma tradição rabinica, Moisés poderia ter sentado em uma almofada, mais preferiu sentar em uma pedra, para mostrar ao povo que estava sofrendo com eles.

Existe controvérsias em relação ao o que significa Hur. Na tradição Rabínica é dito que ele era o filho de Miriã, no Talmude é mencionado que Miriã casou com Calebe, um membro da tribo de Judá, e nasceu a eles Hur. Uma versão diferente é dada pelo conhecido historiador Judeu Josefo que afirma que Hur era o marido de Miriã, e não o seu filho. No Talmude é relatado que o sumiço repentino de Hur dos relatos das escrituras ocorre porque ele foi morto, tentando evitar que o povo fizesse o Bezerro de Ouro, Arão vendo que ele havia sido morto, teria ficado intimidado por isso, o que lhe levou a ajudar a fazer o idolo e também de acordo com essa fonte, Hur foi recompensado por Deus por essa ação, tendo seu neto Bezaleel, o privilégio de ser aquele que construiu o Tabernaculo e a Arca da Aliança. Existe outros personagens bíblicos com esse nome.

Em Exodo 17:14 Deus promete que riscará toda a memória do povo de Amaleque de debaixo do Céu.

Em Exôdo 18 é relatado que depois que Deus enviou a Moisés, seu sogro Jetro ficou com Zipora e seus 2 filhos que ele teve com ela, talvez porque Moisés fosse ficar muito ocupado com a grande missão que Deus deu a ele.

Em Exodo 19:1 é relatado que o povo foi para o Deserto de Sinai.

Sinai significa possivelmente algo como Arbusto do Senhor. Além do deserto o monte horebe era chamado também de monte Sinai. Esse deserto corresponderia a uma região conhecida hoje como Peninsula do Sinai, que estaria no território do atual país do Egito, é a unica região do Egito que fica na Ásia, que fica entre o mar mediterrâneo ao norte e o mar vermelho ao sul.

O restante do capítulo descreve ordens de Deus a Moisés, que pretendia aparecer a ele, a Arão e a Sacerdotes no Monte Sinai. No versículo 6 é declarado que o povo de Israel seria um reino de sacerdotes e nação santa, no 5 que a nação seria propriedade peculiar de Deus.

Em Êxodo 19:16 é mencionado um toque de forte trombeta que fez o povo de Israel se estremecer. Se acredita que trombeta mencionada em si nesse trecho é o Shofar, o Shofar é uma trombeta feita com o chifre de um animal, que era usada frequentemente pelo povo de Israel, muitas vezes para ocasiões importantes para o povo, o que inclue o ano do Jubileu, anuncio de guerras, feriados sagrados estabelecidos por Deus, acompanhamento de músicas, no Templo e etc. Tocar o Shofar era um oficio sagrado, que era um grande privilégio para quem era considerado apto a isso. Era preferivel geralmente que o Shofar fosse feito do chifre de um Carneiro, mais havia outros animais que se permitia que tivesse seus chifres utilizados para fazer um Shofar.

Em Exodo 20:3 até 17 Deus passa instruções ao povo. A primeira foi para não adorar outros Deuses ou para fazer idolos de qualquer coisa no céu e na terra. No versículo 5 e 6 Deus declara que os pecados de alguém repercutem negativamente na vida de pessoas que descendem dela até sua quarta geração, e que seus bons atos repercutem positivamente  para as próximas mil gerações que descenderam de tal pessoa. Deus em seguida diz para seu nome não ser utilizado em vão, os Judeus interpretam que esse nome se refere ao tetragrama sagrado, que eles por tradição não pronunciam, se utilizando de outros titulos associados a Deus para se referir a ele. Em seguida é ensinado a guardar o sábado, como dia de descanso dedicado a Deus. A honrar ao pai e a mãe, a não matar, não adulterar, não furtar, não dar falso testemunho contra alguém e não cobiçar aquilo que é do outro.

Em Exodo 20:24 são descritos sacrificios que seriam feitos para Deus em um altar, nas escrituras posteriormente é dado a entender que Deus tolerava tais sacrificios apesar de não precisar deles ou mesmo exigir eles, por causa que sabia da boa intenção do povo em fazer eles, buscando muitas vezes fazer eles para obter perdão de seus pecados, sendo esse um costume deles. Na carta aos Hebreus é dado a entender que os Levitas faziam eles tendo a noção já que futuramente um sacrificio viria para perdoar os pecados, que foi o sacrificio do Messias. Deve ser ressaltado no entanto que alguns dessas sacrificios tinham outros propositos, como os de expressar gratidão, amor, e o de buscar comunhão com Deus.

Em Exodo 20:25 é relatado para não fazer um altar de pedras lavradas/moldadas o que profanaria o altar, e para não subir degraus no altar de Deus para a nudez de quem fizer isso não ser vista. O que é para mim um relato misterioso. Talvez a presença de Deus fique no altar, e essa passagem se refira a nudez espiritual ou pecados da pessoa que vem oferecer uma oferta a Deus.

Em Exodo 21:1 até 11 são dadas instruções em relação as leis referentes aos escravos, eu creio que da mesma forma que em relação a lei que permitia que se desse uma carta de divórcio a sua mulher sem essa antes ter cometido imoralidade sexual, esse costume que era comum na epoca foi permitido por causa da dureza do coração do povo na epoca, que não estava pronto para entender que esse era um costume inadequado, que infrigia a lei de amar aos outros como se ama a si mesmo.

Em Exodo 21:12 em diante são relatado leis associadas ao costume do olho por olho e dente por dente que Jesus reprovou. A dureza do coração do povo na epoca poderia explicar porque havia esse maior rigor com quem matasse alguém, mais talvez a permissão para isso também fosse necessária para manter o povo Hebreu que vivia se revoltando contra Deus na linha de forma geral, para que ele não se entregasse totalmente ao mal, o que lhe levaria a ser condenado, deixando de existir, o que acarretaria com o não cumprimento da promessa eterna de Deus a Abraão.

No capitulo 21 é citado a medida de siclo também, uma medida usada para pagamentos diversos, já li estimativas que ele equivalia supostamente ao valor de 11 a 15 gramas de um metal nobre como ouro ou prata.

Em Exodo 22:16 até 17 é relatado como era algo reprovavel ter relações com uma virgem, sendo o homem na epoca obrigado a pagar seu dote e a se casar com ela, havendo um certo rigor em relação a sexo antes do casamento. Por mais que não seja ideal o sexo antes do casamento, até em relação a isso havia um rigor maior com o povo de Israel.

Em Exodo 22:18 até 24 são citados alguns costumes reprovaveis, como feitiçaria, zoofilia, idolatria, maus tratos aos estrangeiros, viuvas e aos orfãos. Naquele tempo tais praticas acarretavam com a morte, hoje não há o mesmo rigor, mais esses pecados continuam sendo pecados graves que os servos de Deus devem evitar.

Êxodo 22:25 Reprova a prática de realizar empréstimos em que se cobre juros em cima deles o que é uma prática extremamente comum dos bancos atuais.

Êxodo 22:31 Reprova a prática de se comer carnes despedaçada por animais.

Êxodo 23:10 a 11 descreve uma prática de cultivar a terra por 6 anos, deixando de fazer isso no sétimo, sendo esse um ano de descanso para ela, destinado a alimentar os pobres e animais do campo.

Êxodo 23:16 até 17 fala brevemente da Festa da Sega e da Colheita, da qual a Bíblia fala mais posteriormente.

A Festa da Sega, também é conhecida como Festa das Semanas, da Colheita ou das Prímicias. Os Judeus lhe chamavam de Shavuot que significa sete semanas. Em 2016 a festa cairá no dia 11 até o 13 de Junho. Nela havia festa e eram levadas ofertas das primeiras colheitas para Deus, a festa também celebra a entrega do Pentateuco para o povo de Israel. A festa católica de Pentecostes é a forma católica de comemoração dessa celebração. O Shavuot por sinal ocorre uma semana depois que Jesus ascendeu aos céus depois de ressuscitar, 50 dias depois da Páscoa.

A Festa das Colheitas por sua vez, também é conhecida como festa dos Tabernáculos e festa das Cabanas. Nessa festa o povo voltava a habitar em cabanas, como fazia no deserto temporariamente até chegar em Israel, depois de Deus tirar o povo de Israel do Egito. Eu penso que essa cabana possa representar simbolicamente o nosso corpo que é nossa habitação temporária, até Deus nos dar novos corpos mais perfeitos, quando vivermos com ele na Jerusálem Espiritual, e de fato Paulo fala do nosso corpo como um tabernaculo temporário que será substituido por um eterno por Deus em 2 Corintios 5.o Egito nesse contexto representaria as coisas do mundo. Viver em uma cabana também pode lembrar o ser humano que o seu sustento vem de Deus, e não depende da pessoa viver em uma casa forte e bem protegida, e de fato o povo hebreu foi sustentado por Deus por 40 anos no deserto, em que vivia em Cabanas. 4 tipos de folhas de plantas diferentes são balançadas na festa ( Cidra que tem sabor e aroma e representa quem tem boas ações e estudo da Torá, a Palmeira que tem sabor mais não tem aroma, a Murta que tem aroma mais não tem sabor e o Salgueiro que não possui nenhum dos 2 representando quem não possue ainda nenhuma dessas 2 virtudes. ), de acordo com a tradição judaica rabínica, isso representa 4 tipo de pessoas diferentes do povo em harmonia e unidas, e o balançar das folhas é uma alusão a Deus estar a todo o lugar, e a ter criado tudo, sendo um tipo de louvor a ele tal ato. Havia também uma oferenda de agua nessa festa que tem paralelo direto ligado ao Messias que se proclamou nessa festa como a agua da vida, da qual quem beber nunca mais terá sede. Jesus também é o tabernáculo vivo de Deus, pelo meio do qual os homens podem viver em comunhão com Deus, o Tabernáculo do povo Judeu, que foi substituido depois pelo o templo, que eram locais santificados aonde o espirito de Deus habitava e aonde eram feitos cerimônias sacerdotais, eram representações simbólicas do Messias também, que se indentificou simbolicamente como o templo no novo testamento, como também eram representações da cidade chamada de nova Jerusálem em Apocalipse 21, descrita como o Tabernaculo de Deus com os homens. Além disso o Tabernaculo e o Templo representavam uma imitação do templo celestial de Deus, o que é citado em Hebreus, que tem Jesus como seu alto sacerdote. Outra curiosidade é que muitos pesquisadores do relato bíblico acreditam que Jesus nasceu durante o tempo em que ocorreu a festa dos Tabernáculos. Esse ano essa festa conhecida pelos Judeus como Sucot ocorrerá entre 16 a 23 de Outubro em nosso calendário.

No restante do capitulo Deus fala em lançar vespas contra inimigos de Israel, e adverte para que o povo não faça alianças com os povos e os deuses dos povos que viviam em Canaã.

Êxodo 24:9 até 10 descreve como Moisés, Arão, Nadabe, Abiú e setenta anciões viram a Deus sob uma pavimentação que lembrava a Safira. A Safira  é uma variedade da forma monocristalina de óxido de alumínio, um mineral chamado coríndon. Pode ser encontrada na natureza sob a forma de gemas ou produzida de forma sintética para uma infinidade de aplicações.

O restante do capítulo narra que Josué subiu com Moisés ao Monte Sinai, ao encontro da presença de Deus, deixando Hur e Arão para orientar o povo. Moisés ficou no topo do Monte que estava coberto por uma Nuvem na presença de Deus por 40 dias e 40 noites. Por lá ele receberia tabuletas de pedra, a lei, e mandamentos que Deus escreveu. De acordo com a tradição judaica rabínica, nessa ocasião Moisés teria recebido a Torá mais conhecida no ocidente como Pentateuco, que é formada pelos 5 primeiros livros da Bíblia.

Em Êxodo 25,26 e 27 Deus instrue Moisés sobre ofertas, e sobre a construção da arca da aliança e do Tabernáculo. É citado em certa parte a medida do talento que equivale a 3000 ciclos, ou 60 minas, ou 34,272 quilos, e também a medida do Côvado que ouvi falar que equivale a 45 centimentros.

Êxodo 28 tem a descrição de como deveria ser o traje sacerdotal de Arão. A roupa foi feita com muitas pedras preciosas que também aparecem no relato da Nova Jerusálem  em Apocalipse 21, e o traje de Arão tem o nome das 12 tribos de Israel assim como a Nova Jerusálem que é chamada de Tabernaculo de Deus, curiosamente os rituais religiosos que Arão realizavam, eram feitos em um local conhecido da mesma forma. É feita também uma menção em relação ao Urim e Tumim no versículo 30, que ficaria no peito de Arão, nas escrituras é dado a entender que o juizo dos filhos de Israel estavam sobre ele. Tanto eruditos como escritos Rabínicos clássicos são da opinião que o Urim e Tumim davam a Arão respostas para resolver qualquer tipo de caso, o que seria algo muito bom para julgamentos, Urim de acordo com a tradição Rabínica e de acordo com Josefo significaria Luz.

Êxodo 29 descreve a iniciação de Arão e de seus filhos como sacerdotes, além de instruções sobre o sacrificio diario feito com 2 carneiros de 1 ano para redimir pecados, que me parecem que eram representações simbólicas do vindouro Messias e do seu futuro sacrificio que perdoaria todos pecados para sempre.

No versículo 13 do capitulo 30 é citada a medida de "gera", que eu ouvi falar que equivale a 1/20 Siclo, ou a 0,57 gramas.

Em Exôdo 31:1 até 11 é relatado que para fazer o Tabernaculo, roupas sacerdotais, Arca da Aliança e outras coisas, Deus deu a Bezaleu, filho de Uri e neto de Hur, da Tribo de Judá habilidade, inteligência e seu espirito para realizar essas tarefas, Bezaleu foi chamado por Deus para fazer tudo isso. Para lhe ajudar Deus escolheu Aoliabe filho de Aisamaque da Tribo de Dã, além de outros homens a quem ele deu capacidade.

Bezaleu significa na sombra ( contexto de proteção ) de Deus. Segundo a tradição Rabínica a escolha de Deus para ele fazer esses trabalhos foi aprovada por Moisés e pelo povo todo. A grande sabedoria de Bezaleu segundo essa tradição foi uma benção que ele recebeu devido a seus avôs Hur e Miriã serem pessoas piedosas ( Apesar que há divergências em relação as tradições Rabínicas, algumas colocam que Miriã foi sua bisavó e não avó ), de acordo com essa mesma tradição ele teria somente 30 anos quando realizou tais trabalhos. Além desse Bezaleu, existe outro personagem bem menos significativo no relato bíblico com esse mesmo nome.

Uri significa possivelmente algo como Yahweh é minha luz, ou luz ou chama de Yah ( Yah sendo uma abreviação de Yahweh que é uma forma latinizada do tetragrama sagrado, o nome sagrado de Deus. ). Outros 2 personagens bíblicos também possuem esse nome.

Aoliabe significa algo como Tenda do Pai ou Brilho do Pai. É bastante curioso que ele foi o companheiro de trabalho de Bezaleu que tem um nome que significa na Sombra de Deus. Em Êxodo 38:23 Aoliabe é descrito como um mestre de obra, desenhista e bordador em estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino. Ele também foi abençoado por Deus com seus talentos nessas areas.

Aisamaque significa algo como Meu irmão apoia, Irmão de apoio ou meu irmão apoiou.

Em Êxodo 31:18 Moisés recebe as 2 Tabuas de pedra aonde Deus escreveu.

Em Êxodo 32 é narrado o incidente em que o povo faz Arão fazer um Bezerro de ouro para adorar. Na tradição Rabínica é dito que Satanás fez o povo pensar que Moisés estava morto, o que foi um dos motivos que levou eles a cometer tal pecado. Josué não se encontrava entre aqueles envolvidos na idolatria, e todos os membros da tribo de Levi ficaram do lado de Moisés e de Deus nesse incidente. Paulo em Corintios 10 narra que o povo cometeu imoralidades nessa situação, além da idolatria em si, e que a oferta a idolos é a oferta a Demônios, se dando a entender que são Demônios que se passam por esses falsos Deuses, e eles teriam tentado o povo a pecar certamente, que caiu na tentação.

Por causa desse ato em Êxodo 33 Deus ordena que o povo vá para Canaã sem sua presença por perto, pois cometer pecados grave na presença santa de Deus como o povo pelo o jeito cometia frequentemente, podia levar eles a morrer. Também é mencionado que Moisés viria Deus de costas, sem poder ver seu rosto, pois isso causaria a sua morte, por alguma razão desconhecida.

Moisés volta então a subir ao Monte Sinai em Êxodo 34 com 2 tábuas de pedras lavradas para substituir a que eles destruiu em um momento de indignação com o pecado que o povo estava cometendo. Deus instrue ele a não fazer aliança com os povos que viviam em Canaã e também para cortar seus postes-idolos. Um tipo de poste idolo que é bastante visto em tempos contemporâneos é o Obelisco que é um simbolo que representava o Deus Egipcio Rá do Sol no Egito Antigo. Os Assírios e outros povos pagãos também levantavam postes-idolos, algumas fontes chegam a alegar que o simbolo representa o orgão sexual masculino, valendo lembrar que a fertilidade e o sexo tinham importância significativa nessas religiões pagãs antigas. Rá é um Deus com cabeça de Falcão associado ao sol do meio dia, sendo um dos principais Deuses da Mitologia Egipcia que governava supostamente em todas partes da criação, o céu a terra e o mundo dos mortos, que chegou a criar outros Deuses e até os seres humanos de acordo com uma tradição pagã Egipcia.

Moisés passou mais 40 dias e noites com Deus no monte, e voltou dessa voz com seu rosto brilhando.

Em Êxodo 38 é citada a medida de peso talento que equivale mais ou menos a 34 quilos atuais.

Em relação a Moisés também é declarado em tradições Rabínicas que ele era um lider consciencioso, e que amava profundamente o povo de Israel. Ele ficava entre os trabalhadores lhe mostrando como fazer o trabalho associado ao Tabernáculo. Moisés segundo essa tradição seria um homem rico, havendo controvérsias entre diversas histórias rabínicas sobre de que jeito ele teria ficado rico. Na tradição Rabínica Moisés é conhecido como o pai da sabedoria. Além da Torá ele teria escrito o Livro de Jó e alguns Salmos. Ele também é conhecido nessa tradição como "O Pai", O Chefe, O Mestre, e como "O Escolhido dos Profetas".

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